Muito se fala da saúde íntima feminina, mas por acaso você já ouviu falar das varizes pélvicas? É provável que não, mas elas prejudicam a qualidade de vida da mulher.
No Brasil, aproximadamente 35% das mulheres acima de 20 anos sofrem com problemas de varizes nos membros inferiores, mas até 15% do público feminino enfrenta as varizes pélvicas.
Na maioria das vezes, as mulheres que possuem varizes pélvicas são assintomáticas. Mesmo assim, é necessário procurar orientação médica.
De acordo com Igor Sincos, cirurgião vascular e endovascular e Ph.D. na área, são as dores pélvicas crônicas que podem acometer as mulheres com varizes na região.
MAS AFINAL, O QUE SÃO VARIZES PÉLVICAS? São dilatações dos vasos ao redor do útero e ovários
“A pelve feminina tem vários órgãos, como a bexiga, o útero, a vagina, o reto, o ovário. Nestes casos, cada parte desta estrutura pode ser fonte de dor", explica.
Além das varizes pélvicas, outras causas podem levar às dores crônicas no local, como a endometriose e o mioma uterino.
COMO CUIDAR?O tratamento é endovascular e o procedimento é simples. Consiste em inserir um cateter muito fino pela veia até o local das varizes.
Desta forma, é liberada uma substância que diminui as varizes e aumenta a força da parede das veias.
As mulheres que tiveram múltiplas gestações e possuem histórico familiar são as mais propensas a obterem varizes pélvicas. A doença pode ser diagnosticada por exames de imagem.
Vale ressaltar que, mesmo que a doença não tenha consequências graves, ela precisa ser tratada, como esclarece o especialista.
“Apesar de não ter riscos que envolvam a mortalidade, as varizes pélvicas influenciam na qualidade de vida, pois geram dor no período menstrual e durante o ato sexual”, diz.
Para as mulheres que estão grávidas e detectarem a doença, o indicado é buscar um acompanhamento rigoroso com um especialista da área, a fim de evitar qualquer risco na gestação e no parto.
TEXTO: Da redação EDIÇÃO: Ana Mota CRÉDITOS: Tenor | Unsplash | Divulgação