Entenda O QUE É O
 Alzheimer precoce

Você sabia que o Alzheimer é a demência prevalente no mundo? Segundo a Associação Brasileira de Alzheimer (ABRAz), estima-se que a doença afeta 35,6 milhões de pessoas ao redor do globo.

“O distúrbio é considerado neurodegenerativo,
ou seja, é um processo de perda das funções cerebrais mais nobres, como memória, comportamento, linguagem", explica o neurocirurgião Pedro Deja.

CAUSAS
Não há uma causa específica para o Alzheimer, mas estudos apontam que existem fatores que contribuem para o desenvolvimento da doença. 

Segundo Pedro, além das causas genéticas, esse problema pode ser impulsionado por diabetes, hipertensão, dislipidemia, depressão, traumatismo craniano, isolamento social e hábitos nocivos.

MANIFESTAÇÃO PRECOCE
De forma geral, o Alzheimer costuma se manifestar em pessoas com mais de 65 anos. No entanto, há também casos raros em que a doença acontece precocemente. 

“Cerca de 35 a 60% dos casos precoces de Alzheimer tem influência dos fatores genéticos", diz Maria Laís Campos, neuropsicóloga e especialista em terapia cognitivo-comportamental. 

E OS SINTOMAS?
O Alzheimer esporádico (o que atinge pessoas com +65 anos) e o precoce costumam apresentar os mesmos sintomas. 

Declínio da memória, déficit na linguagem e no raciocínio, dificuldade para atividades motoras, alterações comportamentais e incapacidade de realizar tarefas básicas são os principais sinais.

“Quando precoce, o desenvolvimento clínico é atípico e a manifestação dos sintomas mais agressiva. Além disso, a habilidade motora é mais afetada, com menor comprometimento da memória”, descreve.

DIAGNÓSTICO
É clínico, ou seja, ocorre a partir de uma avaliação do médico, com coleta do histórico de saúde. Por isso, preste muita atenção às ações propostas para respondê-las adequadamente!

"O médico pode realizar testes cognitivos de memória, resolução de problemas e outras habilidades mentais. Além disso, a investigação é complementada com exames de imagem”, detalha Deja. 

OPÇÕES DE TRATAMENTO
Ambos os tipos de Alzheimer não têm cura. Contudo, há tratamentos que retardam a progressão dos sintomas.

Para o distúrbio precoce, Maria Laís relata: uso de medicamentos, reabilitação neuropsicológica, terapia ocupacional, dieta prescrita por nutricionista e prática de exercícios físicos.

REDE DE APOIO
Um ponto fundamental para a vida das pessoas com Alzheimer é a rede de apoio. “O carinho e o afeto familiar proporcionam conforto ao paciente" declara o psiquiatra Alexander Bez. 

Por sua vez, Maria Laís ressalta outras formas de apoio familiar, como o preparo do ambiente para evitar acidentes e a assistência física e psicológica adequada ao paciente.

TEXTO: Agnes Faria
REVISÃO: Ana Mota/Vivian Ortiz
EDIÇÃO: Milena Garcia 
CRÉDITOS: Tenor | Freepik

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