Você sabia que, além dos inúmeros danos à saúde, o tabagismo também é um grande vilão do maior órgão do nosso corpo: a pele?
Segundo Luís Maatz, cirurgião plástico e membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), o consumo de cigarro causa um ciclo de problemas no funcionamento cutâneo.
Para entender alguns dos prejuízos do tabagismo à saúde da pele, o médico listou 5 fatos que farão você pensar duas vezes antes de colocar um cigarro na boca. Confira!
VASOCONSTRIÇÃO É por meio do fluxo sanguíneo que substâncias importantes, inclusive o oxigênio, são transportadas para órgãos e tecidos.
Mas, as toxinas do cigarro diminuem a espessura dos vasos sanguíneos, dificultando a irrigação do tecido cutâneo, o que prejudica a oxigenação das células.
CICATRIZAÇÃO COMPROMETIDA O cigarro tem forte ligação com complicações pós-operatórias, incluindo infecções de feridas. Com a vasoconstrição, o processo de cicatrização é afetado.
Isso porque as substâncias hidratantes não encontram o caminho em meio aos vasos finos, prejudicando o processo de recuperação e regeneração da pele.
“Em cirurgias, os fumantes têm maior risco de necrose, tanto pela vasoconstrição como pelo efeito pró-trombótico”, complementa o cirurgião.
ACNE INVERSA A acne inversa, é comum em fumantes. Trata-se de uma inflamação crônica da pele, caracterizada por inchaços e cistos profundos em áreas como axilas, mamas, virilha, genitais e glúteos.
ENVELHECIMENTO DA PELE Entre os efeitos do tabagismo está o aceleramento do surgimento de rugas, linhas, flacidez e pigmentações.
O hábito de fumar contribui ainda com o surgimento de rugas labiais. As marcas são uma consequência da repetição de movimentos dos músculos do rosto ao tragar.
Para as mulheres, o risco de envelhecimento precoce da pele é maior, já que a nicotina interfere no fluxo do estrógeno (hormônio feminino que atua na síntese do colágeno e da elastina).
DERMATITE O cigarro tem forte relação com dermatite de contato alérgica. Nos produtos, há diversas substâncias alérgenas presentes no filtro, no papel, no tabaco e nos adesivos de nicotina.
“Há diversos tratamentos que minimizam os efeitos estéticos. Entretanto, o melhor tratamento é parar de fumar, evitando os inúmeros prejuízos à pele e à saúde de forma geral”, finaliza Luís Maatz.
TEXTO: Da Redação EDIÇÃO: Ana Mota CRÉDITOS: Unsplash e Tenor